segunda-feira, 16 de agosto de 2010

O chão profano para os teus passos sagrados.

Fitei o Mar crispado com a ânsia de um demónio quando me recusaste uma imagem do infinito. Dei a mão às sombras do Rio porque o teu abraço tardava e com o brilho da cidade nos meus olhos mergulhei no escuro da noite.
Não te tornes impossivel oferecendo-me meras possibilidades...
Não me convides para um lugar onde não estejas aberto ao meu chegar.
De ti espero mais que um momento de lucidez!
De todos os Homens que fui eu sou o que menos conheci.
Sou o olhar dos outros, o instante perdido no tempo esperando por mim.
Sou o espaço que me habita, o eco de uma nota e a pausa entre as palavras.
Sou o chão profano para os teus passos sagrados.
Hoje não tenho mais medos mas também não tenho a vontade de não os ter...

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