sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

fragmentos de uma verdade....

Estou em absoluto acordo com a tua deriva especialmente quando te referes ao "solo imensurável "das palavras e às "grandezas" ou realidades para as quais ainda não foram inventadas palavras. Esta ultima questão acompanha-me há muito, faz parte de mim e é a base dos meus muitos silêncios.

Quanto ao "solo imensurável" é talvez para mim mais recente e tem vindo a assumir uma dimensão quase religiosa na "medida" em que cada palavra contém em si um poder alquímico de manifestar para o "agora" as realidades / sentidos com que se veste...

Estas duas dimensões remetem-me para um extremo cuidado com que me expresso e em especial com o que penso. Por vezes toco nas palavras com a habilidade de "um macaco numa loja de cristais". Outras, amordaço-me com as amarras de um silêncio sufocante que mantém em ebulição um caldo de lava de sentidos em estado de erupção.
 
Tenho um profundo medo de me tornar um criador e simultâneamente um escravo do objecto criado... Enfim, qualquer coisa "mal morta" ou num estado de vida sem legendas.

segunda-feira, 17 de janeiro de 2011

objectos pessoais

Passeio pela minha casa como se visitasse um álbum de recordações.
Pela janela do quarto vejo as marcas dos dias vividos desaparecem atrás do nevoeiro e da brisa marítima. Os sonhos não me deixam repousar. Esgotam-me e só depois concedem-me um pouco de esquecimento. Aqui, tudo já é Passado!
Apressadamente saio em busca do que ainda não é uma recordação nem um sonho condenado ao esquecimento.


sábado, 8 de janeiro de 2011

entre a chuva e o mar...

Quando mergulho no outro em busca de mim regresso à minha terra e agradeço o chão que toco com a minha alma. Ando perdido nos lençóis, a chuva conspira mas o Mar quer entrar!